
Estudo pode servir de base para o desenvolvimento de terapias de substituição celular
As células são a unidade básica dos organismos vivos. O corpo humano é composto por uma grande variedade de células altamente especializadas, como as sanguíneas, as da pele ou os neurônios. Existem mais de 250 tipos diferentes.
Numa investigação recente, cientistas da Universidade do Luxemburgo quiseram responder às seguintes perguntas: como se relacionam as células entre si? Quais os fatores próprios de cada uma delas? O que determina o desenvolvimento de uma determinada célula?
A equipe de investigação concebeu um método informático que utilizou dados biológicos de investigações anteriores para os analisar de forma nunca antes feita. Isto levou à identificação de factores únicos para 166 diferentes tipos de células. Estes factores, ou “reguladores mestres” determinam o desenvolvimento das células e distinguem diferentes tipos.
Com esta informação, foi possível mapear a relação entre os vários tipos, criando-se, assim, uma espécie de “árvore genecológica”. Estas descobertas podem servir de base para o desenvolvimento de terapias de substituição celular.
“Muitas doenças como o Parkinson ou a diabetes, ou queimaduras extensas, resultam na perda de células ou na alteração da sua funcionalidade”, explica Merja Heinäniemi, que pertenceu à Unidade de Investigação em Ciências da Vida e ao Centro de Sistemas de Biomedicina, na Universidade do Luxemburgo (LCSB).
“O ideal seria substituir as células doentes ou perdidas por outras saudáveis para curar os pacientes. Este estudo constitui um passo importante para o desenvolvimento dessas terapias”, acrescenta.
Rudi Balling, diretor do LCSB, diz que o estudo “ilustra a importância crescente das ciências de computação para a biologia e a medicina. Só com a ajuda de computadores foi possível analisar estas enormes quantidades de dados biológicos para criar a primeira análise a grande escala das células”.
Origem: Biologias
Fonte(Referências): http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57512&op=all
Fonte(Referências): http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57512&op=all